Jornal Postal do Algarve, de 5-Mar-2009:
http://www.campingcarportugal.com/diver ... r_2009.jpg
(depois de seguir este link, clicar sobre a imagem para ampliar)
Caros amigos autocaravanistas,
Mais uma vez, numa lógica de repetição periódica, somos brindados com um artigo de jornal caracterizado por três vectores:
1. O mau jornalismo, motivado por uma má preparação do tema, demonstrando uma grande despreocupação na recolha e conhecimento dos conceitos (roulotte, caravana e autocaravana) e no seu enquadramento correcto (campismo e turismo itinerante).
2. A má imagem transparecida pelos autocaravanistas estrangeiros, que poderiam estar imunes às acusações de “campismo selvagem”, se não utilizassem o espaço exterior das suas autocaravanas e efectuassem paragens breves.
3. A pressão dos empresários dos campings, numa tentativa de angariar os autocaravanistas para optimizar o seu negócio, o qual não se cruza necessariamente com a prática do autocaravanismo, mas, aquando destes investimentos, ou não sabem, ou não querem saber destes factos.
Esta situação, de que Tavira não iria resolver esta questão através da construção de Parques de Campismo, foi alertada por nós ao Eng. Macário Correia (pela primeira vez) em 20 de Novembro de 2006, muito antes da construção do Parque de Campismo de Cabanas de Tavira.
http://www.campingcarportugal.com/diver ... ov2006.pdf
No âmbito desta carta e de uma outra, foram enviados à C.M.Tavira dossiers completos com as soluções que resolveriam (e resolverão a seu tempo!!) esta situação, permitindo o correcto enquadramento deste tipo de turismo, que Portugal teima em ignorar, mas que outros países recebem de braços abertos.
Por falar em braços abertos, recomendo à jornalista Joana Lança que, em artigos ligados ao autocaravanismo consulte também o comércio local. Neste caso específico, proponho mesmo o gestor do Pingo Doce local e dos vários cafés e restaurantes da zona ribeirinha anexa ao local de estacionamento das autocaravanas. É aqui que os autocaravanistas deixam diariamente o seu dinheiro, sem intermediários, o que em cidades pequenas como esta, e em alturas de crise aguda também ao nível do turismo, faz a diferença.
Relativamente à questão legal, não estou tão certo como a jornalista de que “infringem, assim, todas as leis”, dado que estão num terreno particular, sem oposição do proprietário.
De qualquer modo, concordo que este tipo de concentração, não ordenada, tem um impacto visual negativo e não a aprovo. Reforço que este tipo de turismo pode ser aproveitado, com um enquadramento excelente para os autocaravanistas e populações e este passo está ao alcance dos municípios. O investimento associado é mínimo e não passa por parques de campismo – passa por áreas de serviço e pernoita para autocaravanas.
Observem-se as boas práticas francesas e italianas e o respectivo partido que é tirado deste tipo de turismo, tanto por parte dos autocaravanistas, como por parte da dinamização do comércio local.