Boa noite a todos,
Como autocaravanista e viajante frequente dentro da região onde resido – Algarve - fico satisfeito com a notícia relativa à criação de uma abordagem estratégica. Acho que a mesma está algo atrasada no tempo, mas é e continua a ser necessária e deve abranger alguns pontos que considero basilares, entre os quais destaco:
Analisar as necessidades da região em termos de infra-estruturas, tendo em atenção as motivações dos autocaravanistas.
Identificar as actuais interdições e avaliar a sua legalidade, considerando que
há soluções e variantes (sazonalidade, horários, etc) a uma interdição total, que compatibilizam de um modo coerente e civilizado os interesses dos autocaravanistas, populações e municípios.
Sobre o ponto anterior, é importante esclarecer se há interdições ao estacionamento das autocaravanas, apenas por estas pertencerem a esta classe de veículos e se essas limitações não foram criadas para a satisfação de interesses de terceiros (exemplos: empresários de campings ou mesmo dos próprios municípios).
Criação de acções de sensibilização junto dos autocaravanistas, no sentido do entendimento distinto que pressupõe o “estacionamento habitado” e o “campismo”.
Etc…etc…
Por outro lado, lamento que não haja diálogo e cooperação entre as várias associações que representam os autocaravanistas, dado que, pelo que é exposto no texto, apenas leio o CPA como interlocutor neste processo. Esta situação não tem de ser negativa em termos do resultado final desta acção, mas denota falta de articulação entre as entidades ligadas a este sector, o que acaba sempre por ser desfavorável em termos globais, o que irá ser lamentável.
Tenho a seguinte dúvida: quando se refere que a consulta vai integrar o “organismo europeu que representa este segmento”, pergunto, que “organismo” e que “segmento” estão ser considerados?
Faço os seguintes votos:
Tendo o Algarve hoje umas condições de apoio ao autocaravanismo muito diferentes das que tinha há cerca de cinco anos atrás, graças ao esforço de particulares, clubes e também deste nosso Portal, espero que após a implementação da estratégia de acolhimento não sejam criados entraves às actuais estruturas, mas que, pelo contrário, outras possam aparecer e esta forma de turismo seja considerada dentro dos padrões correctos e homólogos aos que estamos habituados por essa Europa fora.
Seria bom termos estes esclarecimentos, os quais compreendo que não o sejam no âmbito dos fóruns de discussão na Internet, mas convenhamos que este veículo talvez seja dos que mais nos une em termos imediatos e diários.