por Luis Agostinho » terça nov 13, 2007 12:22 pm
Bom dia, Mário
Noutros sitios, noutras paragens empregando palavras menos "meigas", fui convidado a apagar o que tinha escrito sobre este tema. Estou perfeitamente convencido que aqui, isso não acontecerá. Agora que é um tema, que "escalda", não tenho dúvidas nenhumas.
Antes de avançar mais, deixem-me dizer que fui cliente de 3 concessionários aqui referidos pelo Mário, e SÓ POR ISSO, sei do que estou a falar. Embora refira, aliás como o Mário fêz, NADA me môva contra as pessoas, como pessoas, mas como profissionais do sector, que de profissionais têm muito pouco.
E aqui talvêz esteja o busílis da questão. Nós portugueses não sabemos dissociar "pessoa" de "profissional". Nos três concessionários em que fui cliente, encontrei excelentes pessoas, e talvez por isso "perdoei-lhes" erros profissionais que nunca devia ter permitido, mesmo em meu prejuízo.
Aliás reparem que, entramos num concessionário como clientes, passamos a amigos nas negociações de compra/venda e após a compra tornamo-nos "compromissos móveis", ou seja, o que ficou acordado na compra pode ser cumprido hoje, daqui a uma semana ou daqui a um mês.
Muito mais haveria para dizer, mas para terminar, deixo algumas razões, que a mim me parecem mais válidas para o estado de coisas, aqui retratadas, e bem, pelo Mário.
1º Os portugueses de "brandos costumes" por principio não têm o hábito de reclamar...achamos que isso não leva a nada, porque ninguém olha para as nossas reclamações.
2º A maioria dos nossos "profissionais" do sector, nem autocaravanistas são, e por isso, quem dá o que tem a mais não é obrigado.
3º É suposto o vendedor perceber mais do que o cliente... mas infelizmente nem sempre é esse o estado das coisas.
E por último, guardo na memória uma frase lapidar de um concessionário, referido pelo Mário, que me disse:
"90% dos clientes que entram aqui com retomas, só vêm para me enganar"
Perante isto, nada me admira, até mesmo quando um concessionário se dá ao desplante de dizer mal de outro concessionário, só para não perder a venda.