Li com toda a atenção o chorrilho de asneiras publicadas no Jornal do Algarve, a que podem ter acesso através da consulta ao post do companheiro Jbmendes, neste fórum onde nos é feito o convite de leitura e consequentemente que tiremos as nossas ilacções.
Grande parte de nós tem a consciência, do que os autocaravanistas fazem de bem e de menos bem, como em qualquer outra actividade, pois não são nem mais nem menos do que cidadãos, com os seus defeitos e virtudes. Mas cuidado, com a forma que estas coisas estão a tomar, não tardará muito, se algo de profundo não for feito, sermos corridos à pedrada.
Voltando ao texto do periódico, tem-se a sensação nítida que quem o escreve denota um desconhecimento quase total do que é o movimento autocaravanista , por exemplo na Europa e muito concretamente em Portugal, e que se encosta de maneira escandalosa aos poderes instituidos,pois estes à partida dão-lhe mais segurança para continuar a pôr letras em cima de papel.
Não é por aí que é o caminho, mas sim pela procura sistemática da isenção na opinião e na escrita, para não se cair no ridículo de comparar o incomparável,pois o movimento autocaravanistana Europa como na vida nada se faz de um dia para o outro, temos países onde as estruuras de apoio têem vindo a ganhar qualidade e quantidade.
Neste Porugal dos pequeninos, o articulista denota total desconhecimento do que por cá existe em termos de construção recente de áreas de serviço ( que decerto ele nem sabe o que é), como de locais de aparcamento e não acampamento, pois as autocaravanas são veículos automóveis e como tal, toda a sua carga fiscal, incide na base de veículo, porque para acampar existem os parques construídos para o efeito e aqui se vê mais uma vez a falta de preparação do escriba ao apresentar umas taxas de ocupação diária que ao existirem decerto não serão no Algarve.
A esmagadora maioria dos parques de campismo ainda não se preparou para a grande realidade do Autocaravanismo, ou seja a criação de estação de serviço para nos apoiar, fazendo a cobrança da taxa respectiva de acordo com o serviço prestado.
O jornalista que se preza de exibir a sua carteira profissional , deve informar os seus leitores e não ser uma correia de transmissão dos diversos poderes.
Daí que ao ser confrontado com uma matéria desta natureza, terá o dever deontológico, de se informar com a maior profundidade possível, junto dos cidadãos, que passaram a ter a companhia dos autocaravanistas nas suas localidades, nos utentes do autocaravanismo,no comércio local, concretamente nas áreas da restauração e artesanato, nas estruras onde os autocaravanistas estão organizados ( clubes e Federação Portuguesa ), bem como nas diversas autarquias que tiveram a sensibilidade de olhar para a frente e proporcionar as condições mínimas , para que nos possam receber com a dignidade que merecemos.
O fel espalhado na notícia,não conduzirá a nada de palpável, como sempre.Portanto ,seria de bom tom vermos as diversas Instituições estatais, particulares e autoridades policiais, sentadas ao redor duma mesa com o fim de serem esclarecidos os pequenos diferendos que nos separam e chegarmos à bonita conclusão que o que nos aproxima é sem sombra de dúvida de muito maior valor para o exercício da cidadania, do que o que nos separa.
Se me é permitido fazer um pedido, seria óptimo que o promotor deste encontro fosse o(a) jornalista que me deu a oportunidade de contribuir para a melhoria do panorama autocaravanístico em Portugal,não faltando decerto onde realizar esta reunião.
O Algarve é de todos e para todos !
José Borges & Maria José
"Zzekas"