Olá,
Caro companheiro "Seco", pensa que é em Melgaço e pensa muito bem !!!
A estátua está situada em Melgaço e representa a Inês Negra. Podem ver mais abaixo um pouco de informação sobre a lenda que lhe está ligada e que penso que poderá ser um complemento interessante sobre este assunto.
Entretanto, pode fazer o favor de colocar a próxima foto para este Passatempo.
Um abraço amigo,
Rui Martins
Braga
Alguma informação sobre a Lenda da Inês Negra:
Lenda da Inês Negra
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Quando, no início de 1387, o castelo de Melgaço (Portugal) era governado por um alcaide castelhano, sofreu o assédio das forças portuguesas sob o comando de D. João I, a campanha caracterizou-se por uma série de assaltos e escaramuças, onde se defrontaram a nobreza, encastelada nos muros da vila, e as classes populares, baseadas fora de muros, no chamado arraial.
Um episódio, símbolo desse confronto, chamou a atenção do cronista que registrou que certo dia, escaramuçaram duas mulheres bravas, uma da vila e outra do arraial, e andaram ambas aos cabelos e venceu a do arraial (Fernão Lopes, Crónica de D. João I).
Posteriormente, outro cronista coloriu esta história com detalhes literários na sua pena, afirmando que a mulher do arraial, que combateu por Portugal, era conhecida como a Inês Negra (Duarte Nunes de Lião).
Retirado de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Lenda_da_In%C3%AAs_Negra"
Inês Negra
Origem: O Livro das Horas
A batalha de Aljubarrota não pôs fim ao conflito entre Portugal e Castela. Em 1388 D. João I pedia em Côrtes que lhe fosse concedido recuperar as terras perdidas e as que haviam tomado o partido de Castela na contenda, sobretudo as que, pela posição geográfica, tinham maior valor estratégico na defesa do reino. Uma dessas terras foi Melgaço, no alto Minho.
Em Melgaço vivia uma mulher de seu nome Inês, conhecida como a Negra. Admiradora de D. João I e fiel a Portugal, Inês nunca se conformou que Melgaço tivesse escolhido ficar do lado dos castelhanos. Assim, quando soube que o rei português se aproximava da cidade com um exército determinado a recuperá-la, logo Inês se colocou ao seu serviço.
As primeiras investidas dos portugueses foram mal sucedidas, visto que os castelhanos controlavam a cidade. Assim, apenas restava aos portugueses a hipótese de montar cerco às muralhas e esperar que os castelhanos desistissem por meio da fome, da doença e do cansaço.
Mas Inês Negra tinha uma rival, que era chamada de Arrenegada por ter tomado o partido de Castela e um dia, eis que a Arrenegada lança, do alto das muralhas, um desafio a Inês. As duas deveriam bater-se em duelo para ultrapassar o impasse do cerco, visto que a Arrenegada assegurou a Inês ter permissão do chefe da guarnição castelhana para, num combate único entre as duas, resolver a batalha e o destino de Melgaço. Inês não hesitou e de imediato pediu permissão a D. João I para aceitar o repto. O rei, depois de confirmar a veracidade das palavras da Arrenegada, anuiu à luta entre as duas mulheres.
No dia e à hora marcada, Melgaço assistiu ao combate feroz entre a Inês Negra e a Arregada, que se defrontaram primeiro com armas e depois, segundo reza a lenda, a punho, dentes, unhas e pés. Tão enérgica foi a luta que a Arrenegada se viu obrigada a fugir, esfarrapada, coberta de nódoas negras e arranhões e com a farta cabeleira bastante desfalcada devido ao ímpeto furioso de Inês.
Fiéis à sua palavra, os castelhanos cessaram a luta e entregaram o castelo aos portugueses.
Inês Negra passou à História e entrou na lenda de Melgaço e da mátria portuguesa como uma das mais convictas e convincentes heroínas da luta pela independência. Definitivamente era uma mulher de acção. Se os motivos que a levaram a defrontar a Arrenegada eram unicamente os que a crónica e a lenda relatam, ou se as duas mulheres tinham entre si razões mais íntimas e pessoais que as levaram a pelejar com tanta paixão, não existe forma de sabermos.
Mas, como diz a Inês Alva, a quem quero agradecer ter-me avivado a memória sobre esta lenda, vale sempre a pena viajar até ao alto Minho, seja qual for o pretexto (ou mesmo sem pretexto algum), para descobrir algumas das descendentes de Inês, de Deuladeu e de outras que no anonimato não foram certamente menos valentes.
Retirado de "
http://olivrodashoras.blogspot.com/ “
Inês Negra
Origem: Anafre
Vários acontecimentos históricos se desenrolaram em redor de Melgaço, alguns de capital importância para o país. Outros serão episódios com sabor a tradição antiga. Um caso exemplar: nas guerras de D. João I de Portugal contra João de Castela e seu filho Henrique III (crise dinástica de 1383), quando todo o Alto Minho se havia já libertado do jugo invasor, esta vila permanecia ainda nas mãos castelhanas.
D. João I, impaciente com a resistência da praça, resolve assumir o comando das tropas e sitia Melgaço.
Num cerco que durou dois meses, notabilizou-se então a melgacense Inês Negra, vencedora em duelo travado contra certa mulher - a Renegada - também da vila, partidária do rei intruso. Conta Duarte Nunes de Leão, na sua "Crónica de D. João I":
"Havia uma mulher muito valente, parcial dos Castelhanos, que renegara a sua pátria, pois era daqui mesmo natural. Sabendo ela que no arraial dos Portugueses estava uma sua conterrânea, ousada e valente como ela, a mandou desafiar a um combate singular. Inês Negra aceitou o repto e se dirigiu para o ponto designado, que era a meia distância do arraial e da vila.
Já lá estava a arrenegada e o combate começou encarniçado, ferindo-se com as mãos, unhas e dentes, depois de partidas as armas de que vieram munidas. (...) A agressora ficou debaixo, e teve de retirar para a vila, corrida, ferida e quase sem cabelo."
Os Portugueses "fizeram então grande algazarra aos Castelhanos" e, no dia seguinte (4 de Março de 1388), ocuparam finalmente a praça. Inês Negra, "cercada de besteiros, estava no alto da plataforma, onde o pendão das quinas ondeava, no mastro em que na véspera se ostentava orgulhosa a bandeira de Castela, e dizia com alegria: mas vencemos-te! Tornaste ao nosso poder. És do rei de Portugal". Assim nascia a lenda da heroína de Melgaço, a valente Inês Negra.
Retirado de "
http://www.minhaterra.com.pt “
Rui Martins
Braga