Ora vivam
Promover o Autocaravanismo, com sentido de Estado, isto é ultrapassando o umbigo de alguns autocaravanistas, e ascendendo ao patamar de intervenção civica e de responsabilidade social, implica inserir o autocaravanismo como uma componente da politica nacional de TURISMO.
Ora o conceito de turismo itinerante em autocaravana, utilizando ou não parques de campismo, isto é, parquendo em estacionamentos seja por curta duração pelo tempo de estacionamento necessario para fazer compras, ou visitar museus ou outros monumentos, ou por periodos mais longos por exemplo de 24h ou pouco mais, incluindo a pernoita, nos documentos oficiais portugueses é denominado
TOURING, e tem implicito o conceito de
circuito turistico.
Nada a ver portanto com os autocaravansitas que pretendem ver assegurado o direito a estacionar a sua autocaravana dias a fio, meses a fio, frente as suas casas, enquanto nãos as utilizam de forma itinerante, ou em turismo mais fixo, por exemplo em ferias de semanas em parques de campismo.
Situaçao com paralelo em quem utiliza o seu automovel para trabalhar, com viagens pendulares casa-trabalho e que pretende no lugar de trabalho, ou onde tem de deslocar-se, dispor de um estacionamento temporario, assumindo que este deve ser pago se tal for indispensavel ao bom uso desse seu instrumento e transporte rodoviario em trabalho. Claro que esta situação nada tem a ver com o cidadão que nao usando diariamente, por vezes senão uma vez por semana o seu automovel, pretende te-lo estacionado frente a sua casa, na via publica, por nao ter garagem propria, nem querer suportar o seu preço, inclusive em parques públicos.
Posto isto, tem então interesse para o autocaravanismo em geral, e para os autocaravanistas responsaveis em especial, saber-se que está em revisão o PENT....Plano Estrategico Nacional do Turismo... feito numa altura em que o sector do Turismo contribuia ou representava, 11% do nosso PNB, sendo que agora, segundo as estatisticas ja vai em 14% do produto nacional bruto....
Assim vamos ao conceito de TOURING...e ele aparece referido por varias vezes naquele documento como se exemplifica nestes dois simples paragafos...do PENT:
Portugal dispõe das “matérias-primas” – condições climatéricas, recursos naturais e culturais – indispensáveis à consolidação e desenvolvimento de 10 produtos turísticos estratégicos: Sol e Mar, Touring Cultural e Paisagístico, City Break, Turismo de Negócios, Turismo de Natureza, Turismo Náutico, Saúde e Bem-estar, Golfe, Resorts Integrados e Turismo Residencial, e Gastronomia e Vinhos.A intervenção nestes produtos envolve o desenvolvimento e ofertas estruturadas, distintivas e inovadoras, alinhadas com a proposta de valor de Portugal e suportadas na capitalização da vocação natural de cada região, que nos permitam competir, com êxito, nos mercados alvo.
As características e infra-estruturas de cada destino reflectem-se num portfolio de produtos a potenciar para cada região. Face aos recursos e factores distintivos que apresentam, o desempenho de curto e médio prazo irá ser alavancado nos produtos Sol e Mar, Touring e City
Break. Será dada particular atenção à requalificação da região do Algarve.
6 novos
Concluo pois que estes temas devem interessar aos autocaravanistas, do mesmo modo que deveria interessar aos decisores publico e politicos ouvir avoz dos autocaravanistas, mas não sobre o tamanho dos seus umbigos e quezilias, mas antes sobre os temas sob decisão, no caso a revisão do PENT, e a contribuição do autocaravanismo para o conceito de touring.
Deixo aqui como mais uma contribuição, o link oficial para a actual versão do PENT que decerto merecerá ponderação daqueles companheiros que neste forum e fora dele, se preocupam com a autêntica HISTORIA do autocaravanismo, e têm dado provas de querer contribuir para a solução dos problemas do autocaravanismo, centrado o protagonismo seu (dele) autocaravanismo no contexto de uma politica nacional de turismo integrada....
http://www.turismodeportugal.pt/Portugu ... STA_PT.pdf
E boas voltas e reviravoltas, incluindo dos neurónios!
Decarvalho,
simplesmente